Refugiados, combate ao terrorismo e política económica na União Europeia são algumas das áreas em que os Presidentes da República de Portugal e da Grécia partilham pontos de vista comuns, realçou Marcelo Rebelo de Sousa.
“É visível a unidade de pontos de vista entre os dois países e os dois povos”, constatou Marcelo Rebelo de Sousa, na sua declaração inicial, na Biblioteca Joanina, após um encontro com o Presidente da República Helénica, Prokopios Pavlopoulos, que iniciou esta segunda-feira em Coimbra uma visita de Estado a Portugal.
Para o chefe de Estado português há uma “unidade de pontos de vista” na posição da Europa face aos refugiados e migrações, com Portugal a dar o exemplo, “apoiando a Grécia e a Europa e acolhendo, no seu seio, refugiados das guerras que rodeiam o nosso continente”.
Também na economia, os pontos de vista dos dois chefes de Estado encontram-se, sendo defendida a “necessidade de crescimento e criação de emprego, sem os quais a sustentabilidade financeira é sempre insuficiente”.
A unidade está ainda presente quando se fala de “paz, segurança e afirmação dos direitos humanos no mundo”, referiu Marcelo Rebelo de Sousa, afirmando que essa mesma concordância dos dois Presidentes, ambos juristas, também surge em relação à “resolução rápida e justa para Chipre, que é também uma preocupação” do secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres.
Tudo isto nos aproxima. É um reencontro de quem se conhece bem enquanto povos, enquanto Estados, enquanto pessoas”, frisou Marcelo Rebelo de Sousa, salientando a vocação universal de “gregos e de portugueses”, com comunidades “por todo o mundo”.
Quando questionado pelos jornalistas sobre as políticas de Donald Trump em relação à imigração, o chefe de Estado português optou por sublinhar a importância que os portugueses dão à “abertura, tolerância e ecumenismo”, sem nunca se referir ao Presidente dos Estados Unidos da América. “Gostamos de nos dar com os outros, esperando sempre que os outros se deem connosco da mesma maneira”, disse.