As candidaturas estão abertas até 15 de abril
A Fundação Luso-Americana para o Desenvolvimento (FLAD) e as Edições Esgotadas querem distinguir escritores emergentes dos Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa (PALOP). Dessa forma, escritores oriundos de Angola, Moçambique, Cabo Verde, Guiné e São Tomé e Príncipe poderão concorrer, através do ‘site’ da FLAD, até ao dia 15 de abril deste ano ao Prémio Literário Eduardo Costley-White.
Costley-White nasceu em Quelimane, na província de Zambezia, filho de mãe portuguesa e de pai inglês, e começou a publicar em 1984, com a obra «Amar Sobre o Índico». Pertenceu à geração literária fundadora da Revista Charrua, da Associação dos Escritores Moçambicanos (AEM), da qual foi um membro destacado, e publicou mais de uma dezena de títulos.
A Associação de Imprensa Moçambicana considerou-o, em 2001, a figura literária do ano e a antologia da sua obra poética “O Libreto da Miséria” foi, em 2012, Prémio BCI de Literatura.
O prémio com o seu nome surge meses depois de a FLAD ter lançado o programa FLAD África, uma iniciativa de quatro anos que tem por objetivo retomar a presença da fundação no continente. “O papel da FLAD não se limita a aprofundar a relação entre Portugal e EUA, uma vez que o reforço das relações de Portugal com África, através das comunidades portuguesas e africanas, constitui um importante pilar da nossa atuação”, explicou, em nota enviada à agência Lusa, o presidente da FLAD, Vasco Rato.
O mesmo responsável explicou que, “neste caso, difundir a língua portuguesa e exaltar os autores que escrevem em português foi um dos grandes objetivos que pautaram o lançamento do Prémio Literário Eduardo Costley-White.”
Além da celebração dos oito séculos da língua portuguesa, com este prémio, a FLAD pretende assinalar também a comemoração dos seus 30 anos e os 20 anos de existência da Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP).