Os chefes de Estado e de Governo da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) reuniram-se em Brasília, numa cimeira que conta com a presença do futuro secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres.
Marcelo Rebelo de Sousa chegou ontem ao Brasil e o primeiro ponto da agenda foi um encontro com a comunidade portuguesa residente em Brasília, que se realizou na residência do Embaixador de Portugal na capital brasileira.
Durante a sua intervenção, o Presidente da República trocou, com o Ministro dos Negócios Estrangeiros, Augusto Santos Silva, elogios a António Guterres, tendo depois destacado a constante histórica das relações entre Portugal e Brasil.
O Presidente, que se encontra em Brasília para a XI Conferência da CPLP, referiu ainda a “cooperação frutuosa, em todos os domínios, que marca as relações entre os dois estados, sendo esta uma riqueza única”.
Países lusófonos reunidos em Brasília
António Guterres é o convidado especial da XI Conferência de chefes de Estado e de Governo da CPLP. O Presidente brasileiro, Michel Temer, disse esperar que Guterres contribua para a “reflexão modernizadora” da comunidade lusófona.
Portugal está representado na cimeira ao mais alto nível, como habitualmente, pelo Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, e pelo primeiro-ministro, António Costa.
A cimeira, dedicada à Agenda 2030 da ONU para o Desenvolvimento Sustentável, decorre no Palácio Itamaraty, sede do Ministério das Relações Exteriores brasileiro, e começou hoje. A reunião marca o início da presidência brasileira da organização, durante os próximos dois anos, sucedendo a Timor-Leste.
O Presidente Temer defendeu que “preciso atualizar a CPLP, alinhá-la ao que há de mais contemporâneo no debate internacional” e garantiu o envolvimento do Brasil com a organização, depois de o chefe de Estado português, Marcelo Rebelo de Sousa, ter defendido que o futuro da CPLP “depende largamente do Brasil, porque Portugal aposta, mas o Brasil tem de apostar”.
A celebrar 20 anos de existência, a CPLP deverá ver aprovada nesta cimeira a nova visão estratégica, que pretende definir o rumo da organização para a próxima década.
A CPLP reúne Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Guiné Equatorial, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe e Timor-Leste e debruça-se sobre várias áreas de cooperação, como educação, saúde, defesa, agricultura, justiça, economia e língua.
A cimeira será encerrada amanhã de manhã, estando a sessão solene de encerramento prevista para as 10H00 locais.