O clima de tensão na Venezuela agudiza-se. Entre a comunidade madeirense, vivem-se dias de incerteza quanto ao futuro. Para já, ninguém parece acreditar que Nicolás Maduro acabe por ceder e deixar que se faça o referendo.
O mais provável, diz-nos quem vive naquele país, é que o atual Presidente da República se mantenha no cargo até 2019, ou mesmo para além dessa data.
Enquanto isso não acontece, «vive-se um dia de cada vez», confessam-nos alguns membros da comunidade madeirense a residir na Venezuela, refletindo um misto de resignação, por falta de alternativas, mas também de esperança, de quem se quer agarrar à vida que construiu naquele país.
Em declarações ao JM, Filipe Gouveia, jornalista madeirense e correspondente da agência Lusa naquele país, diz que a vida não para na capital venezuelana. Os transportes funcionam, ainda que nem sempre nas melhores condições. Neste momento, admite que haja maior procura pelos transportes públicos, dado que o furto e a vandalização de viaturas particulares é cada vez mais frequente.
Filipe Gouveia relata-nos mesmo um episódio que ocorreu com a sua viatura. Diz que a deixou estacionada numa rua de Caracas por pouco tempo, talvez menos de meia hora. Mas foi o tempo suficiente para que lhe tivessem roubado a bateria.
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