Perante a saída do Reino Unido da UE, governante acredita que não haverá discriminações aos madeirenses. Impacto, talvez sim, pânico não. Com palavras cautelosas, o presidente do Governo Regional disse estar confiante que a saída da Inglaterra da União Europeia “não implicará discriminação da comunidade madeirense”, uma vez que “está instalada no Reino Unido há muitos anos”, manifestou à margem da Sessão Solene do Dia do Município da Calheta.

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“Isso não vai acontecer”, asseverou, Miguel Albuquerque aos jornalistas, dizendo que “é preciso ter alguma calma”, enquanto se analisa o rescaldo do referendo que ontem deu a vitória aos que defendiam o chamado ‘Brexit’.

O governante também se mostrou cauteloso quanto a uma possível desvalorização da libra inglesa afectando directamente o sector do turismo na Região: “Vamos esperar. O ano passado tivemos cerca de 1,6 milhões de dormidas de cidadãos originários do Reino Unido, mas, estou convencido, que depois deste choque inicial vai haver uma estabilização cambial”, lembrando que o Banco de Inglaterra teria disponível cerca de 250 mil milhões de libras para injectar nas instituições financeiras e igualmente na economia inglesa para evitar especulação financeira.

De resto, Miguel Albuquerque disse ainda que “não vale a pena ninguém entrar em pânico”, embora, reconhecesse que, por detrás deste referendo, existia uma ideologia contra a entrada de cidadãos estrangeiros em território britânico “mas não é contra a nossa emigração. A nossa está completamente integrada e é sempre acompanhada pelos serviços consulares”, dando como exemplo os pedidos que são feitos para contratarem pessoal de enfermagem: “Não tem nada a ver com aquela discriminação xenófoba que, em alguns casos, pode acontecer”, observou

in Diário de Notícias da Madeira