O diretor regional das Comunidades e Cooperação Externa, em declarações ao JM-Madeira, disse que “é um escândalo” a TAP se manter fora das rotas para a África do Sul, quando atualmente se assiste ao regresso de várias companhias aéreas europeias a este mercado, onde reside uma importante comunidade portuguesa, sobretudo madeirense.
“Todas as grandes companhias aéreas já estão a retomar os voos para a África do Sul, como são os casos da Qatar Airways, a Swiss International Air Lines, a Lufthansa, a Air Belgium, entre outras”, enquanto a TAP se mantém fora desta tendência.
“A Air Belgium inaugurou uma rota que faz a triangulação Bruxelas-Joanesburgo- Cidade do Cabo, juntando-se a uma lista crescente de companhias aéreas internacionais que fazem voos diretos para a África do Sul”.
“Já a TAP, perante a investida das concorrentes, mantém-se à margem e afastada da África do Sul há 12 anos, apesar de ser um país onde temos uma Comunidade com mais de meio milhão de portugueses, a maioria madeirenses”.
“Isto é um escândalo”, disse, lembrando que a TAP é uma empresa pública, na qual foi injetado capital público – ou seja dinheiro dos contribuintes – no valor de 3 mil milhões de euros, a ainda assim não serve os interesses de Portugal nem dos cidadãos portugueses.
Antes da pandemia a TAP prometeu que que iria retomar os voos diretos para a África do Sul. “Esperemos que a TAP não invoque mais impedimentos de qualquer ordem, porque efetivamente, eles não existem. Que cumpra com as promessas e obrigações perante tão vasta e importante Comunidade que – não esqueçamos – já deu muito a Portugal”, rematou.