A Direção Regional das Comunidades e Cooperação Externa (DRCCE) assinala o Dia da Interculturalidade, no próximo dia 21 de maio, no Centro Cívico de São Martinho. O evento irá juntar várias comunidades estrangeiras residentes na Madeira, que irão dar a conhecer a culturas, tradições e gastronomia dos países de origem.
Os portões do espaço serão abertos às 16h00. Às 17h00 haverá uma Tertúlia que versará sobre a ‘Diversidade Cultural e Diálogo para o Desenvolvimento’. Paralelamente haverá animação com espetáculos musicais e com danças típicas e 14 barraquinhas, onde poderão ser encontradas exposições, mostras de arte, e gastronomia de países estrangeiros.
De salientar que o evento, promovido pela DRCCE e pela Junta de Freguesia de São Martinho, será transmitido on-line pelo canal Na Minha Terra TV e poderá ser visualizado em todo o mundo.
Rui Abreu falou sobre a relevância do Dia da Interculturalidade e sobre e importância das comunidades estrangeiras que vivem na Região. “Este dia é dedicado aos mais de 10.700 estrangeiros, das 116 nacionalidades, que decidiram residir na Madeira e que trouxeram uma maior diversidade cultural à Região”, afirmou o diretor regional das Comunidades e Cooperação Externa, Rui Abreu.
Para além da diversidade cultural, os migrantes que escolheram a Madeira para viver, trabalhar, constituir família ou, simplesmente, para gozar a reforma, também trouxeram mais-valias para a economia, através de novos investimentos, criação de riqueza e de postos de trabalho, frisou o governante.
“Ao nível do investimento temos duas situações que se verificam qui na Região. Por um lado, os estrangeiros ou madeirenses da Diáspora que vieram para a Madeira gozar a reforma e investiram numa habitação própria. Depois temos os empresários madeirenses que residem maioritariamente em países como a Venezuela ou a África do Sul e decidiram investir na Região”, explicou Rui Abreu, lembrando que “muitas das obras de reabilitação urbana no Funchal estão a ser feitas pelos nossos emigrantes”.
Em termos económicos e demográficos, existem mais valias trazidas pelos estrangeiros, incluindo os recentes refugiados da Ucrânia. Isto sem falar nos madeirenses e descendentes de madeirenses que regressaram da Venezuela.
“Os imigrantes e os madeirenses regressados preencheram uma lacuna que existia ao nível de mão-de-obra, alguma dela especializada”, sublinhou, referindo que em termos demográficos também são uma mais-valia. “Na Madeira o número de crianças diminuiu nos últimos anos. Temos escolas a encerrar devido à falta de alunos. Com a vinda de estrangeiros e regressados, o saldo demográfico aumentou e temos, agora, mais crianças nas escolas.
Rui Abreu lembra que a história da Madeira é marcada pelos ventos da emigração. “Muitos foram aqueles que saíram da nossa terra em busca de melhores condições de vida. Penso que, por isto, também somos um povo que sabe acolher quem é diferente, somos um povo que acolhe bem os estrangeiros que escolhem a Região para Viver e trabalhar.”