O secretário Regional dos Assuntos Parlamentares e Europeus, do Governo da Madeira, afirmou que o Executivo acompanha “de perto a situação política” na Venezuela e destaca a importância dos emigrantes para a afirmação do arquipélago no mundo.
Num artigo de opinião publicado hoje, na mais recente edição do Semanário digital ECCLESIA, Sérgio Marques explica que conhecem a “grande preocupação” que o povo madeirense no mundo “mantém para com a Venezuela” e têm estado a “acompanhar de perto” a situação política, “respeitando a soberania “daquele país amigo”.
O responsável destaca que as grandes comunidades de emigrantes, por exemplo na Venezuela, África do Sul, Austrália, Reino Unido, Estados Unidos, Brasil, são “os verdadeiros e melhores embaixadores” da Madeira e da sua “matriz identitária”, “um ativo estratégico” que não pode “ser desvalorizado”.
O secretário Regional dos Assuntos Parlamentares e Europeus observa em particular que a Venezuela, com quem a Madeira mantêm “relações diplomáticas há décadas”, deve encontrar, no quadro das suas instituições, “a resolução para os seus problemas internos”.
“Grande parte da nossa comunidade naquele país é composta por cidadãos venezuelanos que certamente estarão disponíveis para ajudar aquela que também é a sua pátria”, observa.
Sérgio Marques comenta também que há um capital de confiança com os emigrantes que têm, “inevitavelmente, de recuperar” porque se sentem “defraudados e espoliados”, pela crise do sistema financeiro, que “depauperou as poupanças de toda uma vida de trabalho”.
“Sabemos, igualmente, que os nossos conterrâneos se preocupam com a realidade política e económica do nosso país. Deram o seu contributo durante anos a fio, confiando e investindo nas instituições portuguesas”, desenvolve.
As ligações entre a diáspora e a Madeira, acrescenta, são também uma das “principais preocupações” e concretiza-se com as ligações aéreas com Joanesburgo (África do Sul) e Caracas (Venezuela).
Sérgio Marques afirma que as comunidades madeirenses são uma “prioridade política”, exemplificando com a criação recente do Fórum Madeira Global e do Conselho da Diáspora Madeirense, nos dias 8 e 9 de agosto.
No contexto do Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas, o secretário Regional dos Assuntos Parlamentares e Europeus assinala que a comunidade madeirense “criou laços, e constituiu família”, prosperou e “manteve a ligação à terra, à cultura, à sua matriz identitária” e estabeleceu comunidades, e associações mantendo “vivo o espírito”.
CB/OC