O diretor regional das Comunidades e Cooperação Externa e representante do Governo Regional da Madeira no Conselho para as Migrações (CM), Rui Abreu, reuniu na passada segunda-feira, com a Alta-Comissária para as Migrações, Sónia Pereira, no Centro Ismailli, em Lisboa.
Debater a estratégia portuguesa e madeirense face aos movimentos migratórios, criar pontes culturais e linguísticas para melhor acolher e integrar os migrantes, serão os grandes temas em debate.
“Através de uma parceria ativa com o Alto Comissariado para as Migrações, que levou à criação do CLAIM-Madeira – que integra a rede nacional CLAIM (Centros Locais de Apoio à Integração de Migrantes) – a Direção Regional das Comunidades e Cooperação Externa (DRCCE) tem também como função facilitar a integração dos migrantes na Região”, explicou Rui Abreu.
E são várias as áreas de atuação do CLAIM-Madeira para que a missão seja cumprida. “Prestamos apoio a todas as pessoas que procuram a nossa Direção Regional, nomeadamente para a regularização, nacionalidade, reagrupamento familiar, retorno voluntário, saúde, educação ou habitação”.
Refugiados do Afeganistão
Sobre a mesa deverá estar o tema dos refugiados do Afeganistão, cujo processo de entrada, integração e distribuição por regiões geográficas está sob a alçada do Alto Comissariado para as Migrações. Recorde-se que o Governo Regional anunciou, no início de agosto, a disponibilidade em receber os refugiados afegãos em solo madeirense, tendo Rui Abreu enviado uma missiva à Alta-Comissária dando conta dessa intenção.
“A Madeira está disponível para acolher os refugiados do Afeganistão e integrá-los plenamente na nossa sociedade. Trata-se de uma questão de emergência humanitária, e é nosso dever ético ajudarmos as vítimas de deslocações forçadas”, sublinhou.
“Mais do que seguirmos as orientações diplomáticas comunitárias – que estamos a seguir – , temos uma posição muito firme em matéria de Direitos Humanos, e neste caso, daremos resposta à angústia e ao sofrimento destas pessoas, como já o fizemos anteriormente no caso dos madeirenses e descendentes regressados da Venezuela”, garantiu Rui Abreu.
De olhos postos no futuro
Durante a reunião do Conselho para as Migrações, a Alta-Comissária e os Conselheiros deverão traçar as linhas estratégicas gerais.
“Perspectivar o futuro é de grande importância, não só no que diz respeito ao acolhimento dos refugidos afegãos, mas também aos outros eventuais fluxos migratórios”, destacou, concluindo: “Temos de estar preparados para dar uma resposta cada vez mais ajustada e mais eficiente aos migrantes que chegam a Portugal”.
in JM-Madeira