Caracas – Entre a quinta-feira 26 e o domingo 29 de maio, mais de cinco mil pessoas assistiram à Mostra Cultural “Portugal en Venezuela”, promovida pela Embaixada de Portugal, no Centro de Arte PDVSA La Estancia e o CORREIO da Venezuela, no âmbito do Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas.
Durante a primeira jornada, que se iniciou com a inauguração da exposição do CORREIO, intitulada “A Grandeza do Passado”, marcaram presença diferentes personalidades, como o Embaixador de Portugal na Venezuela, Fernando Manuel Teles Fazendeiro; o Embaixador do Brasil na Venezuela, Ruy Carlos Pereira; o Cônsul Geral de Portugal em Caracas, Luis de Albuquerque Veloso; o coordenador do Instituto Camões na Venezuela e o Agregado Cultural da Embaixada Lusa, Rainer Sousa; assim como a docente do Instituto Camões na Venezuela, Sofia Saraiva; o Gerente de Serviços de PDVSA La Estancia, Roger López; o Editor e Chefe de Redação do CORREIO, Jorge Ferreira; e o Presidente da Federação Americana de Lusodescendentes, Jany Moreira; para além de representantes de instituições, associações e o centro de ensino da língua lusitana no país latino-americano.
A exposição do CORREIO da Venezuela é o resultado de anos de investigação, entrevistas e pesquisas de fotografias e objetos que refletem a evolução da emigração portuguesa em terras de Simón Bolívar, fazendo-se um apanhado da chegada de portugueses desde os tempos da colonização espanhola e o período da “Gran Oleada”, nos anos 1940 e 1970, até à situação atual dos ibéricos em terras crioulas. Centenas de imagens e textos dão credibilidade aos trabalhos, esforços e sacrifícios dos primeiros tempos. Estes momentos permitiram aos portugueses afirmar-se em diferentes âmbitos da atividade económica, para além de criar múltiplos espaços, instituições e associações onde se destacam cada vez mais os valores da portugalidade.
A outra exposição disponível ao público, intitulada “Azulejo Português: Diálogos Contemporâneos” e organizada pela Associação de Lusodescendentes de Venezuela, recorda esta aplicação típica das casas e das igrejas que se mantém em vigor em terras lusas.
Na sexta-feira, público desfrutou de dançarinos do Grupo Folclórico Os Lusíadas e do Grupo Coral do Centro Português, que interpretou obras portuguesas, venezuelanas, latino-americanas e religiosas, que mereceram elogios e aplausos.
No sábado dia 28, o Grupo Folclórico do Centro Português mostrou o seu brilho, com danças que têm mantido vivos nos luso-venezuelanos desde os tempos mais remotos. De seguida, o Ensamble Zarabanda deleitou os presentes com um repertório de música barroca que recriou a sonoridade que veio da Europa para a Venezuela em tempos coloniais e que se mantém presente, em padrões e formas diversas que continuam a estar presentes em muitas manifestações da tradição musical venezuelana.
No domingo dia 29, os mais pequeninos do Grupo Folclórico Infantil do Centro Português mostraram de forma alegre as danças típicas da cultura portuguesa. E, para encerrar em grande esta Mostra Cultural de Portugal, a conceituada fadista Andrea Imaginario deu um grande concerto, oferecendo um vasto repertório que permitiu aos presentes “viajar” até À terra de Camões, de Viriato e das costas cheias de gente trabalhadora e aventureira. Entre os temas interpretados, destacam-se Lisboa Antiga, Grão de Arroz, Coimbra Lágrima, As Cartas de Amor São Ridículas, Canção do Mar, Há uma Música do Povo, Barco Preto e Casa Portuguesa, entre outras.
Mostra Gastronómica
O vistoso ‘gazebo’ do oásis caraquenho encheu-se dos cheiros e sabores da Portugalidade graças à iniciativa da Filial 43 do FC Porto Caracas, que colocaram à venda uma grande variedade de pratos tradicionais, tais como Tripas à Moda do Porto, Feijoada à Transmontana, Sandes de Pernil (carne de porco), Febras, Bolinhos de Bacalhau, Feijão Fradinho, Punheta de Bacalhau e Caldo Verde, entre outras opções.
Por sua vez, o CORREIO de Venezuela montou um stand de sobremesas e doces a preços acessíveis com o objetivo de oferecer aos visitantes a possibilidade de saborear broas de mel, malassadas, bolo de mel, pastéis de nata e pão de ló, entre outros.
Fecho sinfónico
A comemoração do Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas de 2016 termina com notas sinfónicas na Sala José Félix Ribas do Teatro Carreño no dia 7 de junho, às 6h00, com a apresentação da Orquestra Sinfónica da Venezuela dirigida pelo maestro Cesar Iván Lara, contando com a participação especial do pianista português João Bettencourt da Câmara. Serão interpretadas obras de três compositores portugueses e feita uma breve homenagem à música venezuelana que a comunidade portuguesa tanto aprecia e desfruta.
In Correio da Venezuela