Face à situação de instabilidade na Venezuela, a Câmara Municipal de Santa Cruz está a ultimar a abertura de uma via-verde destinada aos emigrantes naquele país.

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Prevendo que a situação política se possa agravar e que muitos santa-cruzenses emigrados queiram optar por regressar à sua terra, a autarquia pretende, através desta via-verde, agilizar os processos camarários que sejam necessários, nomeadamente licença para obras em habitações, licença para actividade comercial, entre outras. Esta agilização passa, sobretudo, por criar uma forma de mais facilmente aceder à informação necessária e um encaminhamento que se afigure necessário para quem não conhece a legislação e a realidade autárquica portuguesa.

Na prática, a via-verde criará um canal de comunicação mais fácil com a autarquia, sendo as chamadas dos emigrantes direccionadas para a Divisão Social, onde um funcionário fará depois o encaminhamento para o serviço correspondente. Isto com o objectivo de acelerar a solução dos processos, tendo em linha de conta a situação de emergência em causa.

Esta medida visa ser uma ajuda aos muitos naturais do concelho de Santa Cruz que se encontram radicados naquele país.

Por estar preocupado com a situação naquele país de forte presença de madeirenses em geral e santa-cruzenses em particular, Filipe Sousa, presidente da autarquia, diz ser esta uma forma do município ajudar os munícipes emigrados.

Lembrou, ainda, que no âmbito da Loja do Munícipe, no Caniço, está prevista a abertura de um Gabinete de Apoio ao Emigrante. Até lá, e dada a situação de emergência que se vive na Venezuela, será então criada a via-verde para facilitar a vida aos que pretendam regressar.

in Diário de Notícias da Madeira