Nos últimos tempos, nos últimos meses, muitos minutos de silêncio foram feitos: em honra do pessoal que trabalha nos hospitais, em honra dos soldados tombados.

Portugal na origem dos minutos de silêncio

 


A 11 de novembro, às 11h00, na França, e um pouco por todo o mundo, fez-se um minuto de silêncio em memória dos combatentes da I Guerra Mundial.
Um pouco por toda a Europa, vimos futebolistas, nos últimos tempos a fazerem um minuto de silêncio em honra do pessoal dos hospitais, em honra daqueles que perderam a vida devido ao Covid-19, em honra a jogadores falecidos. Vimos homens e mulheres, anónimos, pessoas comuns, polícias e outros fazerem um minuto de silêncio devido ao drama do racismo e da intolerância.
Mas de onde vem este ritual de um minuto de silêncio, utilizado por todos os povos, por todos os regimes? Como é que esta de ideia de estar de pé um minuto em sinal de respeito pela morte de uma ou de mais pessoas?
A versão mais verosímil acerca da origem deste gesto é a de que ela foi realizada pela primeira vez em Portugal, quando o Paramento português recebeu a notícia da morte do diplomata brasileiro, o Barão do Rio Branco, de seu nome José Maria da Silva Paranhos Junior, que havia falecido a 10 de fevereiro de 1912. Todo o Parlamento português levantou-se e fez silêncio durante 10 minutos em sua honra, a 12 de fevereiro.
Esse ritual foi adotado por todas as assembleias europeias, mais tarde praticado pelo mundo inteiro, sendo que o tempo de silêncio foi reduzido a 1 minuto.
Em suma, não é o tempo em si mesmo que conta, mas aquilo que representa.

Adaptado: in Luso Jornal