A diversidade cultural das sociedades será uma “inevitabilidade”, garante Sérgio Marques. A Secretaria Regional dos Assuntos Parlamentares e Europeus, em parceria com o Centro das Comunidades Madeirenses e Migrações, promoveu ontem um Encontro Intercultural no Jardim Municipal do Funchal, que contou com a participação de vários movimentos associativos: Associação Cultural e Recreativa dos Africanos na Madeira, Casa de Angola na Madeira, Subdelegação da Madeira da Associação dos Ucranianos de Portugal e Núcleo de Trabalho do Funchal da Associação DOINA – Associação de Romenos.
Um evento que o secretário regional considerou “muito importante” para criar hábitos com aqueles que são diferentes os habituarmos àqueles que são diferentes dos madeirenses. “A ideia é que interiorizemos uma forma multicultural de estar, uma cultura de tolerância e de convivência com as outras etnias. E podermos todos conviver independentemente das nossas diferenças, sabermos todos conviver e interagir uns com os outros sem que as diferenças sejam um factor de entropia nas relações entre as comunidades”, frisou.
Admite, todavia, que a presença de imigrantes na Região “já foi mais significativa quando a economia estava bem, quando a economia atraía gente de fora, nomeadamente pessoas do Leste da Europa, mas ainda assim, continua hoje a ser uma presença significativa”.
Acredita mesmo que o futuro engloba necessariamente a diversidade cultural. “Num tempo de globalização temos de estar cada vez mais preparados para viver em conjunto porque as sociedades vão ser cada vez mais multiculturais. Isso é uma inevitabilidade, não é fechando fronteiras que vamos evitar essa multiculturalidade que será cada vez mais um facto adquirido nos dias de hoje e no amanhã.”
Sérgio Marques aplaude as iniciativas das comunidades estrangeiras sediadas na Madeira, como a criação recente de uma escola de mandarim, mas não crê que seja preciso adoptar políticas para o efeito. “Estão bem integrados na sociedade madeirense, que é acolhedora e integra bem as pessoas e outra coisa não seria de esperar de uma sociedade que sabe o que é partir para outros destinos. Temos essa cultura de emigrantes ao longo das últimas décadas, mas também no passado recente como destino de imigração. Os imigrantes estão bem integrados”, conclui.