Com a pandemia foi necessário adotar novas ferramentas de trabalho. Os professores e alunos do Centro Português de Caracas (CPC) tiveram de reinventar-se, entrar no mundo das aplicações e lidar com as recorrentes falhas de energia e da Internet. Com muito esforço, as aulas concluíram em julho e quase 200 alunos inscreveram-se para o novo período.
David Pinho, coordenador do curso de português no CPC, considera uma conquista tendo em conta que noutras cidades como La Guaira e San Antonio de los Altos o número de alunos caiu consideravelmente a ponto de haver professores que ficaram sem alunos. "É uma situação difícil", diz e acrescenta que o Centro Português é muito bom em termos de tecnologia e professores, mas noutros locais falta muito.
Problemas complicam
Problemas com a rede de Internet e com o serviço de energia elétrica complicaram o avanço da língua portuguesa nos últimos meses. A isso juntou-se a pandemia, que obrigou o uso de plataformas digitais e deixou de fora quem não tem computador operacional nem ligação wi-fi.
No que se refere ao Centro Português, Pinho detalhou que quem mais procura as aulas são alunos com idades compreendidas entre os 11 e os 14 anos. Cada vez mais pessoas decidem inscrever-se no curso porque pretendem emigrar para Portugal. Além disso, devido ao aumento dos pedidos de nacionalidade por casamento, o número de venezuelanos que desejam estudar a língua aumentou 40%.