O Centro Português de Caracas (CPC), na capital da Venezuela, reabriu as portas, no dia 22 de outubro, em horário reduzido e sob medidas de biossegurança, após permanecer sete meses encerrado devido à quarentena preventiva da covid-19 no país.
A reabertura do CPC foi confirmada à Agência Lusa pelo presidente do clube, Juan Ricardo Ferreira, esclarecendo que a decisão teve por bases instruções do Governo venezuelano, que estabeleceu que esta semana seria de ampla flexibilização, faltando precisar como será nos próximos dias.
“57 pessoas visitaram o clube, entre as 7:00 e as 15:00 horas [12:00 e 20:00 horas em Lisboa], cumprindo com estritos protocolos de biossegurança, que incluíam distanciamento social, a medição da temperatura, o uso de máscaras e a aplicação de gel nas mãos”, explicou.
Segundo Juan Ricardo Ferreira, o centro português foi recondicionado para esta “nova realidade” com limitações à quantidade de pessoas e com apenas 40% das mesas disponíveis nas áreas de lazer.
“Foram feitos e divulgados [pelas redes sociais], vídeos com procedimentos de biossegurança e as pessoas foram muito recetivas. A maioria das pessoas veio fazer exercício, nadar, cumprindo com o distanciamento social. Algumas vieram passear pelas áreas verdes e também comer”, explicou.
Juan Ricardo Ferreira explicou que “esteve todo o dia no clube” e que prevê que o sábado e domingo sejam dias mais concorridos, já que os jovens e crianças luso-descendentes estão à procura de espaços para se distrair.
“Há atividades que ainda não estão permitidas e as aulas de português vão continuar por via eletrónica”, concluiu.
Na Venezuela estão oficialmente confirmados 88.035 casos de covid-19, que causaram 753 mortes, enquanto 81.626 pessoas recuperaram da doença.
O país está desde 13 de março em estado de alerta, o que permite ao executivo decretar “decisões drásticas” para combater a pandemia.
Um vez decretado o estado de alerta, em março, os clubes foram obrigados a encerrar as suas portas e as pessoas impedidas de circular entre municípios.
Depois de implementar um programa próprio de quarentena preventiva, que previa sete dias de flexibilização seguidos por sete dias de estrito confinamento, o Governo venezuelano iniciou, segunda-feira, uma semana de “flexibilização ampla”, durante a qual podem abrir os estabelecimentos de comércio em geral, turismo e organismos públicos, estando permitido o acesso às praias do país, atividades e eventos ao ar livre.