Gilberto Gonçalves é natural da Camacha, Madeira e está há 46 anos na Venezuela.

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Como explicou ao JM, emigrou porque “não quis fazer o serviço militar devido à morte do irmão na guerra da Ultramar” e é dono de uma distribuidora de frangos em Caracas.
Trabalho que não parou
O emigrante explicou-nos que a particularidade do seu trabalho “obriga-o” a trabalhar todos os dias. “Vendo nas ruas, nuns mercados populares. Como trabalhamos no setor dos alimentos, temos trabalhado todos os dias”.
Contou-nos também os cuidados que tem tido no seu negócio. “No trabalho e na vida quotidiana estamos a tomar as precauções necessárias contra o coronavírus. Utilizamos sempre máscaras e luvas, e também exigimos aos nossos clientes que tomem precauções e o distanciamento social. Em geral, quase todos os cidadãos estão a cumprir”.
O Madeirense relatou-nos uma Venezuela “praticamente parada devido à falta de gasolina”. Contou-nos ainda que, devido ao estado de emergência, “apenas as padarias e alguns mercados populares abriram”. Segundo o emigrante existem ainda outros problemas. “Além disso, estamos a ter muitos problemas com os serviços básicos, temos falhas no serviço elétrico, água, luz e também o serviço de internet. Em Caracas temos falhas nos serviços alguns dias, mas nos outros estados as pessoas estão há muito tempo a passar por estas dificuldades”.
Em relação à Comunidade Madeirense na Venezuela, Gilberto Gonçalves diz-nos que não tem tido contacto devido às restrições atuais e que apenas comunicam por “whatsapp entre amigos”. O madeirense recordou a sua terra Natal com carinho: “A última vez que visitei a Madeira foi no verão passado. Estou ligado à ilha pela minha família e amigos que sempre viveram lá”.

In "JM"