A nova escola de português na zona sul da capital inglesa vai custar ao governo britânico "dezenas de milhões de euros". Esta é uma iniciativa que procura manter ligações ao velho continente.

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Foi uma transação complicada. Abrir uma escola no centro de Londres custa dezenas de milhões de libras, é um grande compromisso”, admitiu à agência Lusa na embaixada de Portugal em Londres, onde foi formalmente apresentado o projeto esta noite.

Uma grande parte do investimento foi na aquisição do edifício, na zona de Wandsworth, no sul da capital britânica, mas o Governo britânico também vai financiar obras de adaptação e o posterior funcionamento como escola pública. Enquanto escola independente, tem autonomia na gestão, nomeadamente de horários e currículo, mas os custos são suportados pelo Estado britânico.

Além dos laços históricos que ligam os dois países, Agnew disse que a escola contribui para o objetivo de o Reino Unido investir mais no ensino de línguas estrangeiras, nomeadamente da Europa. “Acredito genuinamente que no pós-‘Brexit’ precisamos de mostrar que ainda estamos ligados emocionalmente e culturalmente à Europa”, vincou.

Embora não tenha estado na cerimónia por motivos de agenda, o ministro dos Negócios Estrangeiros português, Augusto Santos Silva, mostrou-se confiante no sucesso do projeto, em declarações esta manhã durante uma visita ao consulado-geral de Londres. “Estou certo de que quando as inscrições abrirem os pais portugueses e ou de outras nacionalidades que queiram que os seus filhos aprendam ao mesmo tempo em português e em inglês responderão positivamente”, disse à Lusa.

In Observador