Com um programa que teve a abrir o almoço de convívio, contando-se entre os presentes, o embaixador de Portugal, Manuel de Carvalho e sua esposa Joana, a chanceler da nossa embaixada, Carlota Amorim, os comendadores Estêvão e Manuela Rosa, Gilberto Martins e Ivo de Sousa, o presidente da CSM, Augusto Gil Baptista Rosa, a conselheira da comunidade por Pretória, Helena Rodrigues, a presidente da Casa da Madeira em Alberton, Guida de Freitas, a madrinha do rancho aniversariante, Lídia Gonçalves, o presidente da Confraria do Santíssimo Sacramento da igreja de Santa Maria, António Correia de Freitas, e a coordenadora no Tshwane do “Child Walfare”, Nina de Cai-res, prosseguindo a festividade em entusiasmo e alegria, foi comemorado na tarde do penúltimo domingo, 28 de Abril, o 37º aniversário da fundação do Rancho Folclórico da Casa Social da Madeira, na cidade de Pretória.

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Com a música a cargo do “DJ VIX”, e a condução das actividades como mestre-de-cerimónias a cargo de Damião de Freitas, um ex-presidente da CSM e durante vários anos foi componente do agrupamento que ali festejava mais um aniversário, e com José Nunes, Daniela Correia, Diana-Lee, Ricardo Chadinha e Michael Teixeira, actuaram no programa de variedades programado para estes festejos.

Os discursos foram iniciados pelo comendador Gilberto Martins, que nas suas palavras, depois de pedir uma salva de palmas para as senhoras que confeccionaram o almoço, elogiou Damião de Freitas, a quem deu os seus parabéns pela construção das magníficas instalações que esta Casa Social da Madeira hoje apresenta, dignas de serem vistas e certamente deixam admirados pela sua dimensão quem as visitam, destacando também no seu improviso e como importante, a presença da juventude ali naquela tarde, especialmente a envolvida neste rancho folclórico, felicitando as pessoas que conseguiram fazer uma festa como a que ali decorria, a começar pela vice-presidente cultural desta casa, Maria Inês Balanco e quem a acompanhou, prosseguindo:

“São festas como esta, que além de atraírem a nossa juventude e a envolverem nesta actividade folclórica, dão mais valor à nossa presença na África do Sul, e como importante continuarem ligados à nossa cultura popular”.

Enaltecendo a propósito da deslocação deste rancho à Ilha da Madeira, para onde parte a 19 de Junho próximo, as pessoas que se têm debatido para que tal aconteça, para além de Inês Balanco e quem neste aspecto a acompanha, como é o caso da presidente da Casa da Madeira de Joanesburgo, Guida de Freitas, de quem parece ter partido a ideia em 2017, e tudo tem feito para que tal aconteça, incluindo com essa finalidade angariação de fundos, de que tem sido incansável.

Considerando importante a deslocação à Madeira do agrupamento folclórico da CSM, já que para além de representar a comunidade radicada na África do Sul, é um prémio e estímulo para a juventude que o integra, não sendo a primeira vez que tal acontece, havendo a referir neste aspecto, como frisou Gilberto Martins, a anterior deslocação do agrupamento à América, proporcionada pelo comendador Ivo de Sousa, apelando com essa finalidade ao contributo dos presentes nesta festa, cada qual com o que pudesse, já que deslocações como esta acarretam grandes despesas para as concretizar.

Como nos dias que correm é difícil conseguir instrumentos musicais, vestuário e calçado apropriado para os componentes de ranchos folclóricos, neste caso o da CSM, o comendador Gilberto Martins, juntamento com Aníbal de Freitas, apresentaram essas dificuldades ao Secretário de Estado das Comunidades Portuguesas, José Luís Carneiro, na sua recente visita à África do Sul, obtendo como resposta, “escrevam uma carta formal” expondo tudo o que precisam, que chegando ao meu conhecimento cá estarei para vos ajudar, para que esta riqueza do nosso folclore não venha a morrer.

A finalizar a sua intervenção o comendador Gilberto Martins desejou os maiores sucessos ao rancho da CSM nesta sua deslocação à Pérola do Atlântico, e voltarem com o dever cumprido de terem representado condignamente a comunidade lusa radicada na África do Sul.

A seguir foi dada a palavra ao presidente da Casa Social da Madeira, Augusto Baptista Rosa, que começando por a todos saudar e agradecer a presença de cada um nos festejos que ali decorriam, e enaltecer o rancho pelo bom trabalho que tem vindo a fazer, e com isso enaltecer o nome da CSM, especialmente aos pais dos mais novos, que como já ali fora dito os têm acompanhado, e com isso encorajá-los na divulgação do nosso folclore e da nossa língua, pedindo a propósito a todos eles, com essa finalida-de, uma grande salva de palmas.

Ao agradecer à Direcção do rancho todo o esforço que tem vindo a fazer para projectar o nosso folclore além-fronteiras, destacando neste prisma a vice-presidente cultural Maria Inês Balanco, com desejos para que esta deslocação à Ilha da Madeira compense o esforço e sacrifício que todos os responsáveis pelo agrupamento folclórico têm feito, para que esta deslocação se-ja um êxito em todos os aspectos, e como tal exaltada a nossa cultura popular.

A finalizar os discursos foi chamado ao palco o embaixador Manuel de Carvalho, que começando por a todos saudar com amizade, no seu segundo ano em funções na África do Sul, e pela segunda vez que participa no aniversário deste rancho folclórico, que como frisou lhe merece todo o carinho, atenção e respeito, referindo ao mesmo tempo que Portugal – Madeira – África do Sul se juntando para que mereça ser celebrada toda essa memória e cultura, tudo isto se somando à beleza do nosso folclore a que a seguir iremos assistir, e até dar um pezinho de dança, atendendo a que a vida terá de ser encarada com alegria, tal como hoje aqui é vivida.

“Queria nesta ocasião desejar as maiores felicidades à Casa Social da Madeira, como aqui já foi referido em colaboração com a Casa da Madeira, em Alberton, levar o rancho e os jovens que o

constituem à Madeira, obviamente de todo o interesse, e ao mesmo tempo saudar o envolvimento da comunidade portuguesa, como alguém antes de mim já o referiu, um exemplo de participação em anos anteriores no dia da juventude, comemorado a 16 de Junho, a todos desejando um futuro auspicioso, com votos a que este rancho que aqui comemorava mais um ano de existência, o maior sucesso na sua deslocação à Ilha da Madeira”.

Antes da actuação do rancho nos festejos, foi pelo comendador Ivo de Sousa feito o lei-lão de alguns artigos, que diga-se viria a ser rentoso, prometendo ao agrupamento, caso durante a sua permanência na Madeira venha a passar pela Lombada dos Marinheiros, sua terra natal, o fornecimento de algumas bebidas a todos os componentes e pessoas que os acompanharem, no estabelecimento de seu irmão José Luís, pessoa bastante conhecida e respeitada nessa e outras localidades do arquipélago.

Depois do corte do bolo de aniversário pela madrinha do rancho, Lídia Gonçalves, oferecido pelo presidente da Assembleia-Geral da Casa Social da Madeira, Samuel da Silva, foi por Damião de Freitas procedido com três crianças, ao sorteio da rifa organizada para esta efeméride, nela sendo contemplados, com o 1.º prémio R5.000.00, o número 685 adquirido por Ascensão Coutinho, que num gesto simpático os ofereceu à organização, para ajuda das despesas com a deslocação do rancho à Madeira; com o 2.º prémio, uma “washing machine”, a madrinha do rancho, Lídia Gonçalves, com o número 544; e com o terceiro prémio, um “liquor hamper”, o número 734, adquirido segundo o nome constante no talão, por Teri-Teri, tudo ali terminado de modo a deixar satisfeita a organização dos festejos.

In «O Século de Joanesburgo»