Ao longo de 2018 houve 1.978 inscrições mais 51% do que no ano anterior (1.311)
O ritmo de inscritos no instituto de Emprego da Madeira (IEM) de pessoas oriundas da Venezuela tem a vindo a aumentar incessantemente. De um ano para o outro, e mesmo de um mês para o mês homólogo, os números são sempre crescentes, como revelam os dados disponibilizados ao Diário.
Em 2016, ano em que se começou a sentir um maior afluxo de luso-venezuelanos para a Região, registaram-se 545 inscrições no IEM, que cresceram para um total de 1.311 ao logo de 2017. Assim, num único ano houve um incremento de 141% (+766 inscrições), mais do que duplicando o volume de 2016.
Os dados revelam que, no passado, o crescimento continuou a verificar-se para um total anual de 1.978 inscrições (+51% do que 2017 e 3.6 vezes mais do que registrado em 2016). Já este ano, só no mês de Janeiro, registraram-se 179 inscrições, um número superior às 173 de igual mês de 2017.
E o ritmo de procura de emprego por luso-venezuelanos mantem-se em alta, com últimos meses de 2018 a apresentarem os maiores números de inscrições. Outubro de 2018 foi mesmo o mês onde foi batido de recorde de inscrições de luso-venezuelanos com 216 de pessoas, sendo que o último trimestre de 2018, que inclui o mês de Outubro, registou uma afluência de 514 pessoas oriundas da Venezuela, pelo que bate todos os recordes se analisarmos apenas um trimestre.
Feitas as contas, desde de 2016, contam-se 3.834 inscrições no Instituto de Emprego da Madeira de luso-venezuelanos desempregados.
1.330 Inscrições ativas no final do ano.
O certo é que, como explica o IEM ao Diário, este fluxo contínuo e acentuado de inscritos, contribui decisivamente para influenciar os valores do desemprego verificado com pessoas, que numa situação normal, nunca constariam da referida lista.
Não, obstante, apesar do elevado número de inscrições de candidatos activos no final de Dezembro de 2018 era de 1.330 luso-venezuelanos.
De acordo com as explicações remetidas, ao longo do período em causa, os candidatos podem encontrar várias maneiras de sair do desemprego, de forma definitiva ou por apenas por alguns meses.” De facto, a transição entre situações de emprego-desempregado é cada vez mais dinâmica e frequente nas economias modernas, sendo um fenómeno certamente mais significativo para as pessoas que se estão a (re)adaptar profissionalmente à Região, o que, em muitos casos, obriga a processos de reconhecimento de competências e de qualificações profissionais”, refere o IEM.
“Isto quer dizer que na base da redução dos números ativos estão também realidades como os programas de emprego e a frequência de ações de formação”, aéreas onde a entidade tem apostado cada vez mais nos últimos anos.
Os dados disponibilizados ao Diário revelam ainda que a inserção profissional e auto-colocação no mercado de trabalho de inscritos oriundos da Venezuela é igualmente elevada.
In «DN Impresso»