O FN evoca hoje uma mulher que deixou o seu nome ligado à cultura madeirense: Maria do Carmo Cunha Santos. A forma abnegada com que abraçava os desafios de ordem cultural e a sua dimensão humanitária foram alguns dos principais traços desta mulher que não regateava esforços para fazer chegar a cultura a todos e em qualquer lugar.
Carmo Santos destacou-se primeiro no serviço prestado ao nível da Biblioteca Luso-Americana, que durante anos funcionou na Quinta Magnólia. Neste espaço dinamizou eventos, divulgou figuras de vulto da cultura portuguesa e americana, com uma naturalidade e simplicidade muito próprias.
Mais marcante foi o facto de ter sido a grande impulsionadora da criação do Centro Cultural John dos Passos, numa homenagem sentida ao escritor luso-descendente, hoje também espaço de tertúlias e de divulgação cultural. Um dos atos iniciais de descentralização da cultura para os demais concelhos da Madeira, neste caso para a Ponta do Sol.
Carmo Santos tem também o seu nome ligado ao mundo empresarial, até por razões do foro familiar, nomeadamente à hotelaria e restauração. O histórico Café Golden ou Esquina do Mundo era um projeto muito acarinhado por si e pela família, apesar das vicissitudes que ditaram o seu encerramento.
Carmo Santos faleceu há pouco mais de quatro meses mas continuará a ser recordada como uma mulher de referência na cultura insular.