A relação de Portugal com as suas comunidades no mundo enfrenta novos desenvolvimentos.
E a Madeira, em particular. A transformação negativa na Venezuela e os problemas sociais na África do Sul, para citar apenas dois exemplos mais próximos dos madeirenses, carregam uma carga enorme de emotividade para as famílias que estão umbilicalmente ligadas a esses países que tão bem nos acolheram noutras épocas.
Mas, ao contrário do que muitos supõem, os obstáculos que os nossos conterrâneos enfrentam agora, não são um drama para Portugal. Para a Madeira, em particular, então esse cenários de dificuldades acrescidas nem chega a ser colocado.
Sem menosprezar os conflitos emocionais e materiais por que passam muitos dos nossos emigrantes, sobretudo os que no limite se agarram ao regresso ao Portugal que também é deles, a verdade é que essas contrariedades podem transformar-se em oportunidades. Para os que retornam e para os que os recebem. Para Portugal, para a Madeira, para todos.
A Região Autónoma da Madeira, tal como o resto do país, precisa de gente. Precisa de empreendedores – haverá alguém mais empreendedor que o emigrante português? – Precisa de crianças escolas, precisa de novos exemplos, precisa de novos impulsos. O crescimento económico precisa destes factores.
Esta incursão à África do Sul e à Namíbia tem o Congresso das Academias do Bacalhau como pretexto oficial. Tal como já nos habituaram as 60 academias espalhadas pelo mundo, a actividade meritória de cada uma delas rege-se pela vontade de ajudar os outros. Agora, para além de manterem os mesmíssimos propósitos, as Academias do Bacalhau poderão também ser o suporte que muitos dos nossos emigrantes precisam nesta fase conturbada. Abrindo horizontes, sugerindo alternativas, colaborando uma vez mais com Portugal.
Da pate do JM Madeira, todos poderão contar com o nosso contributo na divulgação, ca cobertura e na ampliação de todos as iniciativas que olham para o fenómeno da Emigração como uma oportunidade e não como um drama.