A candidatura à autorização de residência dos cidadãos europeus que residem no Reino Unido, incluindo cerca de 400 mil portugueses, após o ‘Brexit’, vai ser completamente eletrónica, seja num computador, ‘tablet’ ou telemóvel, foi hoje oficialmente anunciado.
O sistema pretende simplificar o processo existente, que implica o preenchimento de um formulário de 85 páginas e o envio de uma série de documentos comprovativos, como recibos de salários, extratos bancários, listas de viagens ao estrangeiro.
O novo serviço deverá entrar em fase de teste no final do verão e estará em funcionamento pleno no dia 30 de março de 2019, primeiro dia do Reino Unido fora da União Europeia, adiantou hoje no parlamento britânico a secretária de Estado para a imigração, Caroline Nokes.
"Estamos a desenhar o formulário de registo online para que seja curto, simples e fácil de usar. Será acessível por computador, ‘tablet’ ou 'smartphone'. Haverá assistência disponível para aqueles que precisarem para completar o processo de inscrição on-line", prometeu.
O governo está atualmente a trabalhar com grupos de diferentes nacionalidades e regiões para perceber as potenciais dificuldades que poderão ser encontradas, sobretudo por pessoas mais vulneráveis, como idosos, e assim serem encontradas soluções.
Embora as negociações para o acordo do ‘Brexit’ ainda não estejam concluídas, o governo britânico afirma que está a ter em conta o acordo preliminar alcançado em dezembro do ano passado, que protege os direitos dos europeus residentes no Reino Unido e dos britânicos residentes nos países da UE.
"Ao abrigo do presente Acordo, os cidadãos da UE que vivem no Reino Unido, juntamente com os membros da sua família, poderão permanecer e continuar as suas vidas aqui com o mesmo acesso ao trabalho, educação, subsídios e serviços públicos de que beneficiam agora. Membros próximos da família que vivem fora poderão juntar-se a eles aqui no futuro", explicou Caroline Nokes.