O Lido foi inaugurado na década de 30 do século passado, assumindo-se desde a sua origem um local essencial para todos os madeirenses e quem visita a ilha. O temporal de 20 de fevereiro de 2010 destruiu quase por completo todo o local. A estratégia delineada pelo atual executivo camarário privilegia o turismo inclusivo, de saúde e bem-estar e ao turismo ativo.
Estas categorias coabitam naquela estrutura através dos acessos para pessoas com mobilidade reduzida, pelo sistema de rampas e elevador, bem como pelo dispositivo que terá na piscina para pessoas com deficiência poderem aceder com segurança à água. Nesta intervenção, a piscina principal foi reduzida em área e em profundidade, bem como a piscina para as crianças que foi dividida em duas, permitindo uma redução radical nos custos de bombagem, filtragem e tratamento da água.
Os solários têm uma modelação diferente, enquadrada na nova piscina e o novo edifício de balneário surge recuado, em sintonia com o enquadramento natural. Todos os equipamentos de superfície foram desenhados de modo a terem uma melhor resistência ao ambiente marítimo.
O novo complexo mantém os famosos campos de Madeiraball – desporto típico do local – agora mais modernos, integrados numa nova promenade que abre portas com um conjunto de espaços licenciados ao comércio.
Também os acessos ao mar foram melhorados, de forma a garantir a tradição do acesso ao mar no Lido. A reconstrução iniciou-se com a limpeza de todo o espaço, destruído após o temporal, e em 2012/2013 arrancou a recuperação e remodelação da zona balnear pública a oeste do complexo, envolvendo a reabilitação do antigo Fortim e a usufruição de novos passeios, jardins e de acessos ao mar integrados na promenade.
Seguiu-se, numa segunda fase, concluída no final de 2014, uma das intervenções fundamentais para o funcionamento e longevidade do que foi a sua proteção marítima e consolidação da plataforma da piscina, incluindo o corte e demolição do edifício principal nos termos da sua nova conceção e a modelação dos solários e piscina para a sua nova dimensão.
A terceira fase, inaugurada esta terça-feira, e cujo valor ascendeu a 1.992.900€, respeita o tratamento final ao complexo, reabilitando todo o espaço balnear para a sua abertura ao público, incluindo a sua integração com a promenade além de todas as obras estruturais nos balneários, edifício principal e piscina.
Para a Câmara Municipal do Funchal, a consciência da importância do Lido, como espaço privilegiado de acesso ao mar, fez com que a sua reabertura se tornasse numa das prioridades. “Trata-se de um projeto que qualifica o produto turístico da cidade e com forte ligação emocional aos funchalenses”.