Representantes de diversos sindicatos da saúde, académicos e estudantes realizaram na terça-feira uma assembleia de grémios, à qual chamaram "A Venezuela não se rende", para criar uma "Frente Ampla Nacional" de luta "contra a ditadura".
O ato teve lugar na Aula Magna da Universidade Central da Venezuela (UCV) e nele participaram ainda vários políticos da oposição, representantes da Conferência Episcopal e da imprensa venezuelana.
"É nosso dever defender a democracia e construir o país. A Venezuela unida não se rende e por isso estamos aqui" disse a reitora da UCV, Cecília Garcia Arocha.
A iniciativa serviu para condenar a falta de materiais médicos e as medicas tomadas pelo executivo.
"Hoje cabe-nos unirmo-nos. Selar um pacto de bases cidadãs para condenar um Governo que nos tem levado à fome e à miséria", disse o secretário executivo da Federação de Trabalhadores da Saúde, Pablo Zambrano.
Também o secretário-geral do Sindicato de Trabalhadores da Imprensa, Marco Ruíz, insistiu que individualmente não é possível conseguir uma mudança política no país e, por isso, os jornalistas decidiram unir-se aos diversos setores da sociedade para apoiar a sua luta.
Durante o ato, que terminou com a leitura de um manifesto, foi agendada para quinta-feira a constituição oficial da Frente Ampla.
"Os que hoje aqui estão decidiram superar fraturas, o êxodo, a divisão, o desespero e a tristeza para exortar à unidade nacional, para somar esforços para derrotar o Governo" do Presidente Nicolás Maduro, lê-se no texto do manifesto.
O documento insta ainda a "ativar de imediato" ações "para restabelecer o pleno vigor da Constituição da Venezuela e empreender a irrenunciável tarefa de reconstruir o país".