A chefe da diplomacia da União Europeia (UE), Federica Mogherini, qualificou hoje de “crítica” a situação da Venezuela e mostrou-se disposta a reagir caso não haja garantias para umas eleições credíveis.

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“A UE está preparada para tomar decisões e reagir em função da situação no terreno”, assumiu a alta representante da UE para a política externa, na conferência de imprensa posterior à reunião dos ministros dos Negócios Estrangeiros, celebrada hoje em Bruxelas.

Mogherini disse esperar umas eleições “livres e justas” no país, com “a participação de todas as partes do processo político”, exortando a oposição a permanecer unida e comprometida com o diálogo político.

“Obviamente, qualquer decisão que não garanta umas eleições livres, justas e credíveis obrigar-nos-ia a ponderar novas medidas”, completou.

A chefe da diplomacia europeia sublinhou que o essencial é que o bloqueio político se resolva “politicamente através do diálogo”, algo que não se viu nos últimos dias.

“Atualmente, este não parece ser o caso, mas ainda há tempo para tomar decisões formais pelo que esperamos que a situação se encaminhe no sentido de obter garantias para umas eleições credíveis”, disse, apelando a uma evolução positiva nas próximas horas.

Mogherini defendeu que se vivem horas críticas na Venezuela e acrescentou que as opções que possam ser tomadas pela UE dependerão das decisões no terreno.

A UE aprovou, em 22 de janeiro, em Bruxelas, sanções contra sete altos funcionários do Governo venezuelano do Presidente Nicolás Maduro, por alegadas violações dos direitos humanos.

Entre os visados estão o Presidente do Supremo Tribunal de Justiça, Maikel Moreno, o ministro venezuelano do Interior e Justiça, Néstor Reverol e o vice-presidente do Partido Socialista Unido da Venezuela, Diosdado Cabello, tido como o segundo homem mais forte do chavismo, depois de Nicolás Maduro.

As sanções abrangem ainda o diretor do Sebin (serviços secretos), Gustavo Enrique González, a presidente do Conselho Nacional Eleitoral, Tibisay Lucena, o procurador-geral designado pela Assembleia Constituinte, Tarek William Saab, o ex-comandante da Guarda Nacional Bolivariana (polícia militar), António José Benavides.

As sanções incluem a proibição de viajar para a UE e o congelamento de bens.

Em novembro de 2017, a UE aprovou uma medida de embargo à venda de armamento e de material que pudesse vir a ser usado pelo Governo venezuelano para "reprimir" a

In «Jornal da Madeira»