A Venezuela anunciou, terça-feira, que enviou uma carta ao secretário-geral da ONU, o português António Guterres, para que aquele organismo crie uma delegação de observadores para as eleições presidenciais antecipadas previstas para 22 de abril.
O anúncio foi feito pela presidente do Conselho Nacional Eleitoral (CNE), Tibisay Lucena, durante uma conferência de imprensa em Caracas. A missiva, segundo explicou, foi entregue ao embaixador venezuelano na ONU, Samuel Moncada, para formalizar o pedido.
"O CNE enviou ao secretário-geral da ONU um convite para que essa instância estabeleça uma delegação de acompanhamento e observação eleitoral, que presencie os comícios convocados para o domingo 22 de abril", disse.
Segundo, Tibisay Lucena, o convite faz parte de uma "iniciativa do Poder Eleitoral" para o cumprimento do Acordo de Convivência Democrática de Santo Domingo, que o Governo venezuelano assinou.
No entanto, a aliança opositora Mesa de Unidade Democrática continua a insistir que não chegou a nenhum acordo com o executivo nas reuniões de negociação com o Governo.
Por outro lado o CNE propõe que o ex-presidente de Espanha, José Luís Rodríguez Zapatero, facilitador no processo de diálogo, coordene uma delegação de acompanhamento e de observação eleitoral.
O CNE pede ainda que os observadores participem nos processos de autoria eleitoral, por considerar que é uma valiosa oportunidade para que a ONU corrobore a transparência do processo eleitoral e a profunda convicção democrática dos venezuelanos.
A oposição venezuelana não decidiu ainda se participará ou não nas eleições presidenciais antecipadas, prevendo-se que possa tomar uma decisão a esse respeito nas próximas horas.
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