O Museu da Diáspora e da Língua Portuguesa, de nome Cais e a ser construído em Matosinhos, vai ser projetado pelo arquiteto Eduardo Souto de Moura, adiantou hoje à Lusa o presidente da câmara.
"Escolhemos o arquiteto Eduardo Souto de Moura porque é um Prémio Pritzker [considerado o mais importante da arquitetura] e porque vai engrandecer e valorizar, ainda mais, o projeto", considerou Guilherme Pinto.
A Câmara Municipal de Matosinhos, no distrito do Porto, vai criar o Museu da Diáspora e da Língua Portuguesa, que ficará instalado numa antiga fábrica, e terá um investimento superior a 2,5 milhões de euros, o que incluiu a reabilitação, mas não a aquisição do edifício.
O projeto está a ser encabeçado pela antiga ministra da Cultura Isabel Pires de Lima, sendo pretensão da autarquia inaugurar este novo espaço museológico em 2017.
O independente Guilherme Pinto lembrou que o arquiteto português tem projeção internacional, sendo isso também "um motivo de atração".
"Tem [Eduardo Souto de Moura] colaborado intensamente com o concelho de Matosinhos, mas ainda não tínhamos uma obra dele cá, tirando a marginal, e queríamos muito ter uma. Daí o convite", justificou o autarca independente.
O autarca revelou ainda que o arquiteto português ficou "muito agradado" pelo convite, tendo-o aceitado "logo" de imediato.
Guilherme Pinto explicou que quer uma "obra marcante" e de dimensão nacional porque o museu "vai celebrar a língua portuguesa e a aventura da portugalidade pelo mundo fora".
"As conquistas dos portugueses, a influência dos portugueses na língua ou as histórias de sucesso dos que saíram estarão expostas no museu", adiantou.
E acrescentou: "Parece que estamos em sintonia com o discurso do Presidente da República quando ele diz que devemos celebrar a portugalidade e, no fundo, é isso que nos queremos fazer em Matosinhos".