Pedro Cruz Calado tem reuniões agendadas com membros do Governo Regional. Ainda que os números não estejam actualizados, a integração dos mais de 2.500 emigrantes madeirenses na Venezuela
que tinham chegado à Madeira há largos meses, são a principal razão para a visita do Alto Comissário para as Migrações, com reuniões agendadas com membros do Governo Regional. Esta tarde, Pedro Cruz Calado irá reunir-se com o secretário regional da Educação, Jorge Carvalho, que após a recente alteração orgânica do GR, passou a deter a pasta da Comunidades.
Esta manhã, Pedro Cruz Calado visitou um dos projectos sociais que o Alto Comissariado patrocina, mais precisamente o Projecto ‘+ Esc@Up-E6G’, em Câmara de Lobos, financiado pelo Programa Escolhas.
O responsável salientou aos jornalistas que a visita, feita a convite do Governo Regional, visa “encontrar respostas para o desafio que tem sido o acolhimento e a integração, nomeadamente de luso-venezuelanos e cidadãos daquele país, que têm procurado guarida na Região Autónoma da Madeira”.
Questionado sobre como tem sido a articulação entre os dois governos, da Madeira e da República, Pedro Cruz Calado lembrou que existe um grupo de trabalho coordenado no continente pelo Ministério dos Negócios Estrangeiros, em articulação com o Governo Regional, da qual o Alto Comissariado faz parte nas reuniões conjuntas que, contudo, não ocorreram recentemente. “Viemos cá trazer mais um contributo para o esforço que, acredito, é nacional, embora seja naturalmente regional, mas é também do Estado português”, frisou, acreditando ser este um “sinal que, também, do Estado e na temática das migrações, estamos disponíveis para ajudar nas áreas que forem consideradas”.
Um dos objectivos destas reuniões é precisamente ficar a par da realidade actual, uma vez que a última reunião realizada falava-se em cerca de 2.500 pessoas que tinham vindo da Venezuela. Números que estarão desactualizados, numa evolução natural do facto de a situação socio-económica nesse país não ter melhorado. Pedro Cruz Calado salienta, ainda que o Alto Comissariado está disponível para ajudar na questão da formação em línguas (a portuguesa) e no apoio ao empreendedorismo, uma vez que muitos podem querer lançar os seus próprios negócios e estabelecerem-se por cá.