O serviço “Patient at Home”, do Hospital Princess Alexandra, em Harlow (Londres), encontra-se nomeado para os Health Service Journal Awards, na categoria de Acute Community and/or Primary Care Services Redesign. Do programa, fazem parte dois enfermeiros madeirenses, Vitor Andrade, de 29 anos, e Vagner Pinto, de 30 anos.
O objetico do programa é combater “alguns dos maiores desafios que o sistema de saúde do Reino Unido enfrenta, como a falta de camas nos hospitais, o envelhecimento da população e os casos de obesidade, mórbida”. De acordo com uma informação veiculada sobre o assunto, o serviço em prática do hospital londrino, “foi acompanhado por Vitor Andrade desde o estado embrionário, tendo liderado várias vertentes do projeto, que permite que os doentes recebam em casa o mesmo tratamento que receberiam no hospital, mesmo em casos pós-operação, com recurso a tecnologia avançada”.
Segundo a mesma nota, que dá conta de declarações do madeirense Vitor Andrade, refere que se encontra naturalmente “satisfeito com a evolução do serviço”, sublinhando que quando recebeu o convite para este desafio de começar um projeto com esta ambição “as dúvidas eram muitas. A aquisição de material, a escolha da equipa, a coordenação com o hospital e com os próprios doentes, foram tudo situações que requereram grande foco da nossa parte.” Após os primeiros meses as dúvidas dissiparam-se: “Foi uma evolução natural, de um serviço que tem muita qualidade, usa a melhor tecnologia e permite ajudar os pacientes de maneira personalizada.”
A qualidade prestada pelo serviço “tem registado grande repercussão no Reino Unido”. A nomeação para os Health Service Journal Awards, dizem os profissionais, “também ajudou”, sendo que começam agora a surgir propostas de outros hospitais para replicar o projeto. A ideia, segundo Vitor Andrade, é ter este serviço distribuído pelas restantes partes do Reino Unido: “Este é um serviço inovador, que retira grande carga dos hospitais, que muitas das vezes não tem espaço suficiente para manter todos os pacientes internados pelo que é preciso priorizar e gerir cada caso. É então feita uma avaliação e dada essa opção ao doente que, em vez de ficar internado, fica confortavelmente em sua casa enquanto nós damos o apoio necessário.”
Sobre a nomeação para os Health Service Journal Awards, o enfermeiro de 29 anos afirma que “é um momento de grande felicidade”, mas espera que o reconhecimento das potencialidades do projeto sirva para “melhorar a qualidade do serviço prestado, em prol da comunidade que vive no Reino Unido.”
Os Health Service Journal Awards são um dos mais importantes galardões na área da saúde no Reino Unido e pretendem destacar os melhores exemplos de prática de excelência e inovação, em 22 categorias. A atribuição dos prémios encontra-se marcada para o dia 22 de novembro, na O2 Arena.