O novo vice-presidente do Governo Regional cativou a plateia que foi à tomada de posse do novo governo pela forma combativa que fez da defesa dos interesses da Madeira junto da República e por uma postura de assumida humildade.

 

PedroVice presiente

“Não estamos aqui por vaidades nem para vaidades. Não procuramos holofotes e muito menos horas gratuitas de afirmação.Qualquer um de nós tinha, no seu passado profissional, provas dadas do seu trabalho e dedicação à causa pública. Agiremos sempre na defesa dos legítimos interesses de todos os madeirenses e portossantenses, junto de todas as entidades competentes, regionais, nacionais e internacionais, salvaguardando o Princípio da Unidade e Coesão Nacional, o Princípio da Continuidade Territorial e, sobretudo, relembrando as tarefas fundamentais do Estado português que é promover o desenvolvimento harmonioso de todo o território nacional tendo em conta o caraáter ultraperiférico do arquipélago da Madeira”.
Em nome da autonomia regional, Pedro Calado considerou que é tempo de serem “ajustados os apoios financeiros indispensáveis no desenvolvimento regional, condicionado pela insularidade e ultraperiferia”.

A Madeira só vencerá os desafios se tiver “um sistema fiscal competitivo e atrativo”, defendeu o vice-presidente.

A postura reivindicativa deste governo face à República foi uma tónica dominante do novo governante. “Não merecemos, não aceitamos e nem podemos admitir que o Estado confira a esta Região Autónoma um tratamento discriminatório, subjugando os anseios e legítimos interesses do seu povo a qualquer outros interesses, sobretudo se motivados por estratégias de uma pura lógica política ou objetiva de poder”.
Pedro Calado manifestou também “profundo desagrado pela forma como a proposta de Orçamento de Estado para o próximo ano desconsiderou ou negligenciou por completo matérias consideradas essenciais e ansiadas pela população, inclusive não honrando compromissos assumidos anteriormente pelo governo português”. Sendo mais concreto, não admite que o OE não contemple verbas para o financiamento do novo hospital na Madeira, e que tenha ficado esquecida a redução da taxa de juro do empréstimo do Estado à Região no valor de 1.500 milhões de euros. Também ignorado pelo Governo da República foi, na proposta de Orçamento, a dívida dos subsistemas de saúde ao Serviço regional de Saúde, que já ultrapassa os 16 milhões de euros”.

Também esquecida da República foram as verbas de apoio ao regresso dos emigrantes da Venezuela à Madeira, o que levou Pedro Calado a afirmar que o Executivo central não pode “continuar a desonrar compromissos assumidos para com o povo da Madeira”.

in FunchalNotícias