Paris, 17 out 2017 (Ecclesia) – O cardeal-patriarca de Lisboa, D. Manuel Clemente, foi convidado para presidir às celebrações de encerramento do Centenário das Aparições na Cova da Iria, no Santuário Nossa Senhora de Fátima-Maria Medianeira, em Paris.

 

ManuelClementeEmigrantes

 

“[A visita] Permitiu conhecer a situação do acolhimento de migrantes, confirmar as relações cordiais do santuário com a autarquia, sabendo que em França se pratica uma laicidade muito assertiva nas relações do Estado com as instituições religiosas”, assinala o reitor do Santuário Nossa Senhora de Fátima-Maria Medianeira, em Paris, sobre a visita do cardeal português.

Numa nota enviada à Agência ECCLESIA, o padre Nuno Aurélio realçou que nas duas celebrações principais “a igreja encheu-se de fiéis”, ou seja, na vigília de 12 de outubro - com terço, Missa e procissão - e na Missa deste domingo, onde 30 jovens receberam o sacramento da Confirmação (Crisma).

Segundo o sacerdote, na peregrinação que recordou a última aparição de Nossa Senhora em Fátima participaram, participaram fiéis lusófonos e francófonos e, “alguns fieis brasileiros” que comemoraram também os 300 anos do achamento da imagem de Nossa Senhora Aparecida.

No dia 12, D. Manuel Clemente dedicou “grande parte da sua jornada” a conhecer a realidade da comunidade portuguesa “a partir de instituições exteriores à Igreja” e foi “calorosamente” recebido na Embaixada de Portugal, pelo embaixador Moraes Cabral.

O encontro, explica o reitor, “permitiu um diálogo sobre a comunidade portuguesa, questões atuais da política internacional”.

Ainda nesse dia, o cardeal-patriarca de Lisboa visitou o Centro Cultural da Fundação Calouste Gulbenkian, que está em Paris há mais de 50 anos, “a instituição nem sempre é visível à comunidade portuguesa” e ofereceu à biblioteca livros, como “dois volumes das cartas pastorais” editadas pelos trezentos anos da qualificação patriarcal de Lisboa.

O último encontro do presidente da Conferência Episcopal Portuguesa em Paris foi “com e sobre a comunidade emigrante portuguesa”, no Consulado Geral de Portugal na capital francesa.

O reitor do Santuário Nossa Senhora de Fátima-Maria Medianeira realça ainda que o “mito” de que “todos os emigrantes são ricos não se verifica em França”, como demonstra pela ação dos técnicos de serviço social do consulado e pelo apoio social continuado da Santa Casa da Misericórdia e “outras associações que há anos desenvolvem esse trabalho, nem sempre percetível” em Portugal.

In «Agência Ecclesia»