Adriano Neves concorre na categoria ‘Open Travel’ com uma fotografia registada no Chile. Uma fotografia na Patagónia chilena deu, a Adriano Neves, um lugar entre os finalistas dos Prémios Mundiais de Fotografia Sony. É o único português entre cerca de 270 representantes de mais de 60 países.
O engenheiro civil, de 35 anos, é um dos dez finalistas da categoria ‘Open Travel’, com o tema ‘Viagem’, aberta a fotógrafos não profissionais.
Com os ‘Cuernos del Paine’, dois picos das cordilheiras montanhosas do Parque Nacional Torres del Paine, refletidos sobre o lago Nordenskjöld, a fotografia foi feita ao início da manhã e o autor disse à agência Lusa que se destacou pela "forte mensagem de serenidade, acompanhada também de uma complexidade visual que a torna bastante intrigante".
A fotografia, a que chamou “Jardins do Paraíso”, foi captada durante uma viagem pela América do Sul, no ano passado, mas, para ter acesso a esta paisagem, Adriano Neves precisou de algum esforço. "Para chegar a este local em concreto, acampámos junto ao lago Pehoé e arrancámos de madrugada, com muito poucas horas dormidas, para a zona da cascata Salto Grande e do lago Nordenskjöld", contou à Lusa.
“O Lago Pehoé com os ‘Cuernos del Paine’ em pano de fundo. O vento é agreste, mas a vista é suficientemente magnífica para manter o espírito quente”, referiu Adriano Neves ao publicar a imagem na sua página na rede social ‘Facebook’.
Apesar de ter formação em Engenharia Civil, Adriano Neves, natural de Tomar e residente em Lisboa, assume como atividade profissional a fotografia, nas áreas de arquitetura e de viagem, sobretudo na vertente de paisagem. Adquiriu a primeira câmara semiprofissional há apenas três anos, mas desde então passou a dedicar-se mais ao passatempo e a tratar as suas viagens "como pequenos projetos de aprendizagem e construção de portfólio".
Adriano Neves já tinha sido selecionado no ano passado para esta mesma competição e a sua fotografia, feita na Islândia, foi considerada a melhor entre candidatos portugueses, tendo ainda sido incluída nas 50 melhores da categoria ‘Panorâmica’. A sua fotografia foi uma das 230.103 imagens submetidas a concurso por fotógrafos de 186 países, tendo Portugal quase duplicado, segundo a organização, o número de entradas relativamente a 2014.
No dia 29 de março, Adriano Neves vai saber se é vencedor ou não na sua categoria, mas terá de esperar até 21 de abril para saber se foi escolhido como Fotógrafo do Ano nas secções abertas a não profissionais e se ganhou os cinco mil dólares (4.538 euros) do respetivo prémio. O resultado será anunciado numa gala em Londres, a par dos vencedores das categorias para profissionais, para jovens e para estudantes.
Entretanto, a fotografia de Adriano Neves fará parte de uma exposição dos Prémios Mundiais de Fotografia Sony, em Londres, de 22 de abril a 08 de maio, e será incluída na edição do livro que contém as melhores imagens da competição deste ano.