O diretor regional das Comunidades e Cooperação Externa, Rui Abreu, chegou hoje a Caracas, pelas 16h00 (hora local), para uma visita oficial de 11 dias à Venezuela e à chegada defendeu a realização de um voo direto semanal para a Madeira.

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O governante madeirense viajou naquele que foi o primeiro voo realizado pela TAP na rota Lisboa-Caracas, após um interregno de dois anos. Um interregno que ficou a dever-se, primeiramente, a um incidente diplomático entre os governos português e venezuelano devido a um voo realizado pela TAP, no qual seguia Juan Guaidó, e em seguida à pandemia que levou ao encerramento do espaço aéreo venezuelano.
À chegada no Aeroporto Internacional de Maiquetía - Simón Bolívar, Rui Abreu mostrou-se satisfeito com a retoma dos voos entre Portugal e a Venezuela, mas defendeu a realização de um voo semanal direto entre a Caracas e a Madeira.
“Hoje [ontem] realizou-se o primeiro de três voos especiais entre Lisboa e Caracas, após dois anos de interrupção. A 5 e a 16 de maio realizam-se mais duas operações, ainda especiais. A partir de 22 de junho são retomados os voos regulares da TAP entre Portugal e a Venezuela”, regozijou-se, referindo que este deverá ser o primeiro passo da TAP no sentido de “melhor servir” a Diáspora.
“Logo que começarem os voos regulares, a 22 de junho, devemos pensar em ter uma ligação com escala direta no Funchal”, defendeu, recordando a imensa diáspora radicada na Venezuela, composta por 400 mil portugueses e luso-descendentes, que é na sua maioria de origem madeirense.
Neste sentido, “a TAP tem de obrigatoriamente servir a sua Diáspora, senão não vale a pena continuar a financiá-la”, afirmou, lembrando que a companhia aérea portuguesa “é pública” e já teve uma injeção de capital no valor de 3 mil milhões de euros.
Rui Abreu lembrou, ainda, outros tempos em que havia seis voos semanais entre a Venezuela e Portugal, dois dos quais faziam escala na Madeira, e endureceu o tom, quando questionado acerca de outras rotas que ligam Portugal À Diáspora.
“Há um caso mais gritante que é o da África do Sul, para onde a TAP deixou de voar há 11 anos”. Também, naquele país a Comunidade ronda os 400 mil portugueses, a maioria originária da Madeira.
O governante com a pasta das Comunidades referiu que “viajar da África do Sul para a Madeira demora quase 24 horas, com escalas em outros países europeus e no Dubai”.
Por isso insiste: “A TAP tem de rever, urgentemente, as rotas para os países da nossa Diáspora e prestar um verdadeiro serviço público”.