O diretor regional das Comunidades e Cooperação Externa, Rui Abreu, foi, esta sexta-feira, um dos oradores do VIII Encontro de História Regional e Local com o tema “Movimentos Migratórios Regionais: Passado e Presente”.
Uma iniciativa enquadrada no Projeto História da Madeira promovida pela Secretaria Regional da Educação, Ciência e Tecnologia, que decorre de 4 e 12 de fevereiro, na Escola Básica e Secundária Gonçalves Zarco.

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Com a temática ‘Migração: Pontes que unem a Madeira ao Mundo’, Rui Abreu falou sobre a “imensa Diáspora” de madeirenses e descendentes de madeirenses espalhados pelo mundo.
“A Madeira não acaba na Ponta de São Lourenço. Se acabasse seriamos apenas 250 mil. Seriamos muito pequenos. A Madeira é muito maior do que isso, tem muito mundo! E tudo graças aos madeirenses que saíram da sua terra, não para passar férias, mas para procurar melhores condições de vida, deixando muitas vezes para trás mulher e filhos, que mais tarde vinham buscar. Hoje, somos cerca de 1,5 milhões de madeirenses e descendentes de madeirenses espalhados por todos os continentes”, começou por dizer o governante.
Rui Abreu falou sobre o modelo utilizado pelo Governo Regional que permite uma grande proximidade da Região com as Comunidades Madeirenses, sublinhando, aqui, a importância e o papel relevante dos Conselheiros da Diáspora Madeirense nos países e regiões de acolhimento.
“Os nossos Conselheiros para além de fazerem a ponte entre os madeirenses residentes no estrangeiro e a RAM, também apoiam os madeirenses na integração nos países de acolhimento e promovem, com o apoio da DRCCE, a cultura, os costumes madeirenses”.
Por isso, sublinha, “a Madeirensidade que é vivida em todo o mundo”: na Venezuela e na África do Sul, onde estão estabelecidas as duas maiores comunidades Madeirenses, no Brasil, no Canadá, nos Estados Unidos, no Havai, nas Antilhas Holandesas, na Austrália, no Panamá, no Equador, na Inglaterra e nas ilhas do Canal, Jersey e Guernsey.
Por outro lado, Rui Abreu, entende as comunidades estrangeiras residentes na Madeira também são de extrema importância, uma vez que vêm colmatar algumas lacunas que atualmente existem na Região, nomeadamente a falta de mão-de-obra na restauração e na hotelaria e a diminuição de população jovem, que tem levado ao encerramento de escolas.