Na sexta-feira, 22 de Novembro, reuniram-se 220 compadres, comadres e convidados para celebrarem o jantar de Natal da Academia-Mãe do Bacalhau, no salão principal do Wanderers Club, em Illovo.

JantarNatalJoanesburgo

Pelas 20 horas, o compadre Gilberto Martins deu as boas-vindas a todos os presentes e pediu a Roberto Adão que cantasse a Marcha da Academia.

O compadre Gilberto Martins agradeceu ao compadre honorário Pedro Silva pela oferta do jantar de Natal e ao compadre Giorgio Pagan pelo donativo dos vinhos portugueses, ao compadre José Ferreira e à comadre Júlia Ferreira, da Pastelaria Princesa, pelo donativo dos bolos e pastéis, e ao compadre José Contente e à comadre Adelaide Contente pelo donativo dos 12 bolosreis que foram leiloados na noite.

A abrir o jantar foi o presidente Manuel de Arede a pediu ao compadre Giorgio Pagan para que desse o “tom” do “Gavião de Penacho. A comadre honorária Isabel Policarpo fez depois uma oração de acção de graças antes da refeição.

As entradas foram então servidas.

A seguir a este momento foi altura da noite em que o pre-sidente da Academia-Mãe discursou. “Boa noite”, começou por declarar o presidente Manuel de Arede. Deu as boas-vindas a todos os presentes e agradeceu a presença de todos os convidados para a celebração do jantar anual de Natal da Academia-Mãe. Em seguida o presidente de Arede fez uma breve exposição de História sobre a Rainha Santa Isabel e o Milagre das Rosas e que “fomentando e financiando o projecto de estabelecimentos de Misericórdias, notável iniciative percurssora em toda a Europa e as redes de Misericórdias portuguesas chegou até aos nossos dias”.

“É inspirando-se na vida e actividades de bem-fazer da rainha Santa Isabel e rainha dona Leonor nas Comunidades que hoje a Academia do Bacalhau e outras organizações de bem-fazer, fazem e dão o seu melhor para ajudar aos necessitados sem nenhum fim lucrativo, mas sim dar algum conforto aos mais necessitados.

Na apresentação do executivo da Academia-Mãe ao Secretário de Estado das Comunidades Luís Carneiro no Consulado-Geral de Portugal em Joanesburgo, comecei com a minha missão de consciencializar o governo português das dificuldades e necessidades da nossa Comunidade, nomeadamente o nosso Lar Rainha Santa Isabel e pedi o apoio do nosso Secretário de Estado das Comunidades junto às Misericórdias Portuguesas para que viessem ver a nossa obra a fim de nos darem apoio, que assim o fizeram.

No período que estive em Portugal, sempre me mantive em contacto com o meu executivo e esforcei-me para ter várias reuniões em Lisboa e Porto, para conseguir sensibilizar os nossos políticos e as Misericórdias Portuguesas sobre as nossas obras em Joa-nesburgo, o qual foi um trabalho árduo, de muito diálogo e insistência e os resultados foram positivos.

Já tivemos a visita de uma equipa técnica das Misericórdias Portuguesas ao Lar Rainha Santa Isabel, temos o apoio do Secretário de Estado das Comunidades e do cônsul-geral de Portugal em Joanesburgo, para candidatura ao fundo de apoio das Co-munidades Portuguesas.

Reuni-me com o provedor das Misericórdias Portugue-sas, Edmundo Martinho, e o chefe da equipa técnica, Francisco Costa, que esteve na África do Sul a visitar o Lar Santa Isabel e fui informado pelo engenheiro Costa que as duas situações, especificas e preocupantes do Lar Santa Isabel são os geradores e a renovação da cozinha e virão novamente no início do próximo ano para darem andamento a este processo.”

O presidente Arede continuou ao afirmar que “é importante para mim, como presidente desta Academia-Mãe, informar-vos de todo este trabalho, pois o nosso objectivo na Academia é sempre promover o bem-estar a quem mais precisa e para isso, precisamos e contamos com o apoio de todos vós.”

“Queremos deixar bem claro que a nossa Academia está ao dispor das nossas entidades diplomáticas e consulares para qualquer evento que possa ter lugar nos próximos anos, pois queremos firmar o nosso apreço pelo reconhecimento dado e assim sentirmo-nos mais responsáveis e fazer o melhor para os necessitados nas nossas Comunidades que é o nosso maior lema”.

O presidente encerrou o discurso com um “Gavião de Penacho”.

O compadre Manuel de Carvalho, embaixador de Portugal na África do Sul, também interveio. “Boa noite a todos, quero desejar a todos, uma vez que se aproxima a altura do Natal, faço os melhores votos para todos e para as vossas famílias, todos os sucessos para todos os nossos amigos, compadres e comadres reunidos à volta destas mesas, nesta bonita sala tão bem arranjada. Talvez pudesse começar por felicitar e pedir uma salva de palmas a todos, organizadores, à cozinha, a quem decorou a sala, aos cantores que nos encantaram”, o que foi prontamente feito.

“Queria dizer, tenho andado a dar a volta pelo país e, neste ano que termina, estive nas Academias de Joanesburgo, de Pretória, de Witbank, de Port Elizabeth, em Durban, na Cidade do Cabo, não no formato Academia mas com as pessoas da Academia em Nelspruit. Portanto, tive a noção e a oportunidade e orgulho de ver, como embaixador de Portugal e como compadre que também sou, a força deste movimento e a pujança que continua a ter e que muito me agrada ver.

Essa pujança, essa força foi também conhecida por ocasião do quinquagésimo primeiro congresso que teve lugar na cidade do Porto em Portugal, onde várias personalidades da vida política portuguesa se juntaram no Porto e felicitaram também este movimento, que nasceu na África do Sul e que foi para o Mundo, é altura para dizer “vivam as Academias do Bacalhau!”

O compadre Manuel de Carvalho prosseguiu a sua intervenção ao afirmar “ao termos noção dessa força, não ignoramos os problemas, mas que há força para os solucionar. É seguramente um trabalho que a embaixada, o consulado-geral que connosco tem trabalho também neste projecto. Quero também prestar homenagem ao próprio presidente, Manuel de Arede, porque foi em parte numa conversa em que nós os dois, faz no próximo domingo um ano, esta conversa sobre a Santa Casa começou quando estávamos no Magusto no Lar Santa Isabel. Foi um momento que penso que foi importante. Tenho pena este fim-de-semana não poder estar no Magusto, mas também desde já aqui quero desejar a toda a equipa do Magusto, as maiores felicidades e votos de grande sucesso em todos os planos que o Magusto entrar. Queria terminar desejando à Comunidade portuguesa na África do Sul e aqui à Aca-demia do Bacalhau, todos os sucessos no Ano Novo, no ano 2020.

Ninguém duvida que existem desafios, ninguém duvida que existem dificuldades, problemas, não tenho a menor dúvida da força que a Academia tem, nesta Comunidade portuguesa na África do Sul, todos temos força e grandes capacidades para levar todas as dificuldades a resolução e andarmos com as nossas vidas para a frente.

Viva a Comunidade portuguesa na África do Sul! Viva a Academia do Bacalhau! Viva Portugal!” – disse o embaixador.

A refeição foi servida e antes da sobremesa, foram entregues bolos-rei a vários doadores, que contribuíram com o valor de dois mil randes por bolo. Foi também licitada uma camisola do Sport Lisboa e Benfica do ano 2018/2019 autografada por todo o plantel, doado para leilão pelo compadre Augusto Infante e que rendeu 150 mil randes, licitados pelo compadre Orlando Marques.

O compadre Manuel de Arede afirmou que a Academia-Mãe irá doar 101 mil randes para completar o quadro de honra dos 101 mil randes da Sociedade Portuguesa de Beneficência.

O leilão da camisola autografada, o proveito dos donativos dos bolos-rei, a cobrança das entradas e o donativo da Academia-Mãe renderam um total de 300 mil randes.

Na noite actuaram os jovens artistas portugueses Roberto Adão, Jason da Costa, Katia da Ponte, Leandro Coimbra, Diana de Sousa e Miguel Pregueiro.

In «O Século de Joanesburgo»