A eurodeputada Liliana Rodrigues recebeu, esta quinta-feira, um grupo de 20 alunos venezuelanos no Parlamento Europeu.

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Integrados nesta comitiva, estiveram ainda o ativista Enrique Silva, que trabalha com questões relacionadas com a Venezuela, e Ricardo Gonçalves, diretor dos Serviços da Acção Social da Universidade da Madeira (SASUMa).

Sobre os objetivos do encontro, Liliana Rodrigues revelou que a intenção é que “estes alunos percebam que fazem parte da União Europeia, que são cidadãos plenos, com todos os seus direitos” e é importante que saibam “como é que podem contribuir para uma Europa mais unida e mais forte”.

Para além da visita ao Parlamento Europeu (PE), a sessão ficou marcada por um pequeno debate entre os alunos e um representante da Delegação do PE para as relações com o Mercosul, relacionada com os países da América Latina, sobre a situação actual da Venezuela.

Questionada sobre as eventuais implicações do regresso em massa dos venezuelanos à Madeira, Liliana Rodrigues afirmou que “os migrantes nunca hão de ser problema em lado nenhum, pois são apenas pessoas que pretendem uma vida melhor”. No caso específico da Venezuela, “estão a fugir de um país que lhes impõe um determinado tipo de vivência ideológica e política que eles não querem”, sendo que as maiores dificuldades sentidas “são as que têm a ver com um sistema que foi apodrecendo ao longo dos anos e, neste momento, estes jovens têm o direito, bem como os seus pais e as suas famílias, de serem totalmente integrados na sociedade portuguesa”.

A eurodeputada socialista destacou ainda que a “questão da recepção e inclusão dos migrantes não é uma questão partidária, entre governo regional e governo central, mas sim um desígnio europeu”, acrescentando que a chegada destas pessoas são “uma mais-valia para Portugal”.

Segundo dados noticiados, até Dezembro de 2017, regressaram à Madeira entre 7.000 e 8.000 emigrantes devido à crise na Venezuela. A baixa qualidade dos serviços básicos, a falta de alimentos e a escassez de medicamentos são alguns dos principais problemas vividos no país.

In «Jornal da Madeira»